1 real
Estava encostado na barra de alumínio. O ônibus não estava exatamente lotado, mas nenhuma cadeira estava disponível. Segurava-se em outra barra que estava a sua frente e olhava para os passageiros sem nenhum ânimo. Estava terrivelmente cansado. Para sua surpresa, começou a observar uma moça que estava lhe encarando a algum tempo. Não tinha dado importância, mas percebia que aqueles olhos castanhos tinham alguma coisa familiar.
— Te conheço? — Indagou o moço.
— Talvez sim, talvez não. — Respondeu ela com um sorriso maroto no rosto.*
— Sim, sim. Não quero ser bisbilhoteiro, mas onde você trabalha?
— Montessori Cosméticos. Conhece?
— Não, nunca ouvi falar desse lugar. Tem irmãos?
— Dois. André e Davi.
— O André é um gordinho simpático e risonho?
— Não! Ele é um personal trainer na Academia Miyagi!
— Hmmm... Escola?
— Vinícius de Moraes.
— Ah! Eu também estudei lá! — Então notou que uma cadeira ao seu lado estava vaga. Não hesitou e sentou-se. "Está começando a ficar animado!", pensou. Ela não era realmente bonita, mas possuía uma beleza familiar e bastante exótica.
— Sabia que te conhecia de algum lugar! — exclamou ele — Hmmm... Fez qual série em 97?
— 2º ano. Lembra de mim?
— Engraçado... Eu também. Mas não lembro do seu rosto. Talvez no baile...
— Aposto 1 real como não consegue lembrar de mim.
— Está me desafiando? Tudo bem, apostado. Quem foi seu par no baile de formatura?
— ... — Fez um silêncio que incomodou a ambos e uma expressão constrangida.
— Quem? — Perguntou ele, curioso.
— Lembra da Lucinha?
— Claro, éramos grandes amigos. Ela foi com um outro grande amigo meu, o Hélio. — "Será que é ela!? Ela está tão diferente..."
— Então... Eu fui com ela no baile.
— Hããã!? — Pensou ter escutado outra coisa.
— Meu nome agora é Amanda. Você era meu melhor amigo...
Nessa hora, ele levantou-se atormentado da cadeira. "Parece um pesadelo!", imaginou rapidamente. Apesar de ainda estar longe de seu destino, tratou de descer rapidamente do ônibus. Amanda somente ficou com um sorriso desconcertado no rosto. Após descer os degraus da lotação, refletiu um último detalhe:
Ele deve 1 real para seu amigo travesti.
* Frase de autoria e de bastante uso do meu professor de História, Sérgio Feitosa.
Texto criado em uma aula de Português aí. Modificado, adicionando algumas coisinhas para evitar maiores buracos no textículo. Todos os erros gramaticais inclusos.
— Te conheço? — Indagou o moço.
— Talvez sim, talvez não. — Respondeu ela com um sorriso maroto no rosto.*
— Sim, sim. Não quero ser bisbilhoteiro, mas onde você trabalha?
— Montessori Cosméticos. Conhece?
— Não, nunca ouvi falar desse lugar. Tem irmãos?
— Dois. André e Davi.
— O André é um gordinho simpático e risonho?
— Não! Ele é um personal trainer na Academia Miyagi!
— Hmmm... Escola?
— Vinícius de Moraes.
— Ah! Eu também estudei lá! — Então notou que uma cadeira ao seu lado estava vaga. Não hesitou e sentou-se. "Está começando a ficar animado!", pensou. Ela não era realmente bonita, mas possuía uma beleza familiar e bastante exótica.
— Sabia que te conhecia de algum lugar! — exclamou ele — Hmmm... Fez qual série em 97?
— 2º ano. Lembra de mim?
— Engraçado... Eu também. Mas não lembro do seu rosto. Talvez no baile...
— Aposto 1 real como não consegue lembrar de mim.
— Está me desafiando? Tudo bem, apostado. Quem foi seu par no baile de formatura?
— ... — Fez um silêncio que incomodou a ambos e uma expressão constrangida.
— Quem? — Perguntou ele, curioso.
— Lembra da Lucinha?
— Claro, éramos grandes amigos. Ela foi com um outro grande amigo meu, o Hélio. — "Será que é ela!? Ela está tão diferente..."
— Então... Eu fui com ela no baile.
— Hããã!? — Pensou ter escutado outra coisa.
— Meu nome agora é Amanda. Você era meu melhor amigo...
Nessa hora, ele levantou-se atormentado da cadeira. "Parece um pesadelo!", imaginou rapidamente. Apesar de ainda estar longe de seu destino, tratou de descer rapidamente do ônibus. Amanda somente ficou com um sorriso desconcertado no rosto. Após descer os degraus da lotação, refletiu um último detalhe:
Ele deve 1 real para seu amigo travesti.
* Frase de autoria e de bastante uso do meu professor de História, Sérgio Feitosa.
Texto criado em uma aula de Português aí. Modificado, adicionando algumas coisinhas para evitar maiores buracos no textículo. Todos os erros gramaticais inclusos.