31.1.07 

Nostalgia

Tem quem diga que isso é idiota. Outros citam que isso é um sentimento comum e inevitável. Alguns até seguem sua vida baseada nela! Não tem como negar, o que a nostalgia tem de agradável, também tem de confusa. E não estou reclamando, além do mais, eu sou um nostálgico assumido... Mas é algo que apesar de me fazer sentir bem, principalmente nos meus momentos de maior solidão, é algo que me deixa indignado. Como uma pessoa quer viver o presente, só se baseando no passado e esquecendo o futuro?

Não é difícil achar alguém assim. Basta ver alguma comemoração em prol da "cultura" gerada nos anos 80. Nada contra aquela época, mas... Será que realmente é necessário esse oba-oba todo (que com o passar dos anos diminui e se torna cada vez mais sem sentido) em torno disso? É adorável você lembrar de sua infância e ver que foi feliz assistindo Chaves e Chapolin, por exemplo. E também é engraçado você comparar com outras pessoas que não tiveram essa oportunidade, como as pessoas fora da América Latina. Mas de novo... Será que é necessário realmente isso tudo? É como aquela velha história de que "depois de morto, qualquer um vira santo". Vendo assim, coisas que já eram horripilantemente toscas há 20/25 atrás acabaram virando "cult". E se isso não é idiota, não sei mais o que é.

Mas esse post não veio para malhar o pau nas pessoas que fazem. Muito pelo contrário. Na verdade, eu queria mesmo é lembrar de coisas que podem ter acontecido há 2 ou 10 anos atrás, mas que marcaram minha memória. E antes de mais nada... Sim, esse post é puramente pessoal. É um post feito para que quando eu ver daqui há um tempo, eu dizer: "poxa, eu era muito diferente naquela época". Ou mesmo: "égua, eu num mudei nada desde aquela época!". Vendo o título do post e o objetivo dele... Faz até sentido, não?


O gatilho que me fez para bater a inspiração para esse post foi uma conversa que eu tive com a Hylla hoje à noite. E... Bem, a conversa rodeou em torno dessa foto:




Para ser bem sincero, eu não sei qual foi a data exata dessa foto. Ela estava guardada no PC de uma colega nossa e... póin, a Hylla recebe e depois me repassa. E sim, eu tou MUITO diferente nessa foto. E é uma das raríssimas fotos em que apareço que eu gostei de verdade. Eu chuto que ela seja do comecinho de 2006, já que eu estava com esse corte de cabelo e a Hylla ainda estava na famigerada turma H. Conversa vai, conversa vem e... Lembramos de algumas coisas que aconteceram no ano anterior (2005) a essa foto.

De como ainda era um sacrifício mortal ir todas as quintas à tarde para o colégio e assistir mais 4 aulas (no meu caso 5, porque ainda tinha a CCB). Mas ao mesmo tempo, era algo que me agradava, no fim das contas. Ter aulas com a Clemilda sabendo que ela vai continuar dando Estequiometria (PS: duas aulas dela me marcaram profundamente. Uma foi em que ela frescou com a minha cara bonitamente pelo fato da Hylla estar dormindo no canto da sala e eu não ter com quem conversar (ha!). Outra aula (uma das últimas, se bem me lembro) foi quando ela não notou eu e o Fernando ouvindo um CD (MP3 players? só em 2006!) na própria aula. O detalhe é ela estar olhando atentamente para mim desde o começo da aula, mas a minha cara-de-pau ignorava isso). Ter aulas de Trigonometria com o famoso Fefeu. Ou não entender absolutamente nada na aula do Luewton, mesmo que ele estivesse explicando o melhor que ele pudesse. Os intervalos daquelas aulas, que eu passava justamente conversando de tudo com a Hylla. Ou então ver o Igo, Israel, Bode, Fernando... Deus e o mundo tocando violão ou passando o tempo. Eram bons tempos. Sempre era um dos primeiros a chegar e ficava na área do 3º andar, "pegando um vento".

2006 também foi recheado de saudosismos desse tipo. E ver que estou indo para o 3º ano (e conseqüentemente mudando de sede) só acentua esse sentimento. Ver as batalhas amorosas travadas pelo meu caro Igo. Ficar estatelado no banco do lado da porta, esperando a aula do Hilder (ah! a aula com música...). Ter aulas de números complexos e ver o Arnaldo e o Fernando viajando na maionese. Ter o Marcuzão inspirado e dando aula sobre balanceamento e pilhas. E quanto tinha MA à tarde? Aí era o sufoco, meu amigo! Estudo corrido, revisão em cima da hora... Era chato. Ruim. Mas depois a gente aprende a gostar. Aí entra a nostalgia. Eu odiava as aulas complementares à tarde. Mas eu também aprendi a amar, só por causa dessa sensação. Eu aprendi a gostar até das coisas mais bizonhas que se possa imaginar num colégio, como o estilo marrento e bruto do Babinha. Ou daquela cara de mau do Carlos Jr. (epa, esse ainda vai ser meu professor!). Aliás, um fato relacionado ao professor de Eletricidade do 2º ano: bem no começo do ano, ele conseguiu a proeza de derramar bronzeador (ou protetor solar, não lembro exatamente) no próprio "livro do professor". Como ele precisava de um livro, resolveu pedir o do Igo, que estava na primeira cadeira da fila. No final da aula, em vez de entregar o livro a ele, o eterno "Mr. Bean" o devolveu para mim (que também estava na primeira cadeira da fila, do lado do Igo). Estranhamente, eu não sabia se ele tinha pedido esse livro emprestado de mim ou do meu caro amigo (!?). Quando eu ia guardá-lo na mochila, eis que o Igo exclama que esse livro era dele. Prontamente, devolvo. Mas o estrago já estava feito. Carlos Jr. frescou comigo por um booooom tempo por causa desse causo, sempre insinuando que eu queria "arrastar" o livro do Igo.


A nostalgia é grande... mas o meu sono é maior. 4:05. Um abraço para os poucos que ainda lembram desse blog.


E um aviso importante: se meu blog já recebe atualizações beeeem esporádicas, agora irá entrar em recesso forçado. Segunda começarão as aulas. Fim de férias, enfim. E agora é terceirão, rapaz. Hora de largar mais o PC, estudar, tomar vergonha na cara e passar nesse negócio chamado vestibular. Aê!

20.1.07 

Déjà vu?

"Porque as pessoas simplesmente não aprendem com seus erros? Seria tão mais fácil evitar decepções. Veja o meu exemplo: dormi o dia anterior de cabeça cheia, acordei de mau humor, ironizado pela falta do que fazer, notei que sou uma criatura ciumenta e uma dor de cabeça que eu estou desde quando acordou e só piorou nesse final de noite.

Motivo: falei demais. Dificilmente acharia alguma palavra que correspondesse ao sentimento que passa por mim agora e no momento que caiu a ficha da MERDA que fiz. Tanto que nem com saco estou para ficar no PC (fiz todo esse post do meu celular, deitado na cama, ouvindo Smiths e Cure). É fogo ter um peso na consciência que não deixa você em paz. Saber que nada mais pode ser feito. Aceitar seu próprio erro e, provavelmente, também fracassado com essa pessoa (mas eu sou sem destino, lembra?).

Apesar de não ser a primeira vez que passo por isso, é impossível de acostumar com um erro próprio. Imagine, caro leitor, para alguém que é notavelmente exigente consigo mesmo. Talvez eu seja só mais um idiota que não sabe lidar com os próprios erros. Talvez. Eu só quero aprender com eles. Espero que dessa vez tenha funcionado."
12 de janeiro de 2007.


Sim, eu fiz toda essa parte no meu celular. Mas o que eu queria ressaltar é que... eu fiz esse post inteiro pensando numa besteira que fiz em uma pessoa em especial.

Mas na semana seguinte, vi que meu erro não foi SOMENTE com essa pessoa. No mesmo dia, eu cometi o erro de falar demais. E sem pensar. Com outra pessoa. Dois erros com conseqüências parecidas, apesar de não serem tão parecidos assim. Mas os dois nasceram de um mesmo problema: falar sem pensar. As consequências não aconteceram no momento do fato.

O primeiro caso foi resultado de um erro meu no dia 1º de janeiro. A conseqüência desse erro apareceu nesse bendito dia 12 (motivo do post inicial). O segundo aconteceu no mesmo dia 12 e tem conseqüências até hoje, mesmo 1 semana depois.

O que mais assusta nisso é que esse meu "post celulado" valeria os dois erros. Ver que abalei minha amizade com duas pessoas por uma besteira cometida por mim. Vai ver os outros estavam certos mesmo. Nunca iria dar certo. Rolaria até um certo preconceito. E logo após, vem um clima chato. E que eu simplesmente não sei contornar.

É revoltante ver como algo tão legal pode ter sido perdido por uma bobagem. Eu poderia ter ficado quieto e... tudo ficaria bem. Um dia, pode ser que acontecessem outros erros. Mas não esse. É cruel demais assistir esse filme de novo. Se ano passado eu entrei em débito com uma pessoa, agora são três.

Agora é batalhar para não cometê-los novamente, mesmo que eu saiba que isso não seja útil o suficiente para impedir isso. E tentar reconquistar o que perdi. A king without a crown.



Para um primeiro post do ano, isso é um péssimo sinal. O ano vai ser turbulento mesmo. E que o azar e os meus não sejam responsáveis por mais uma crise de insônia que está comigo desde... o começo da semana.

Perfil

  • Meu nome é Bruno. Ou bruN0. Você escolhe.
  • Sou de Fortaleza. Orgulhoso disso, aliás.
  • Gosto de: algo. Talvez mulheres, boa música, amigos e família respondam. Bem fácil de saber.
  • Odeio: verdura. Talvez luzinhas de natal e Dream Theater. E intolerância, sob qualquer aspecto.
  • Quer me ver sorrir? Não. Meu sorriso não é agradável a tal ponto.
  • Quer me ver rosnar? Se você latir e não bater com tanta força, ficaria divertido.
  • Um bom motivo para me conhecer: não sei. Eu é quem preciso conhecer novas pessoas, oras!
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