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1.1.08 

Requiem ou despertar?

Fortaleza, 01 de janeiro de 2008.
Excelentíssimo Blogueiro Bruno Luiz,

Foi um ano diferente, Vossa Excelência. Para começar, aprendemos a utilizar esses vocativos malucos, a saber como criar uma estrutura de carta. Foi o tal "ano do vestibular" que mexeu contigo sobre todos os aspectos. Até nos mínimos detalhes, como fazer as sacadas mais "nerdish" possíveis, relacionando fatos corriqueiros com assuntos ensinados em todo o ano.

Você cortou o cabelo. Firmou algumas velhas amizades, percebeu que algumas antigas não eram tão firmes assim. Descobriu pessoas novas em velhas faces. Foi o ano em que você mais bebeu, vagabundo. Foi o ano em que tanta coisa marcante aconteceu que você nunca vai lembrar de tudo que você realmente quer. Foi o ano da luta entre o suor e a preguiça. E o tira-teima do embate tem data marcada para a minha época.

Você mudou de planos radicalmente e de maneira repentina. Na verdade, sua vontade era publicar as cartas que você fez para os seus amigos aqui nesse espaço. Mas você mudou de idéia somente por uma pessoa, que infelizmente fez esse fim de ano um pouco mais triste. Para compensar, outra pessoa recebeu em mãos a única carta "a limpo" que você fez. Você ainda não sabe a resposta dela para essa carta, mas suas intenções são as melhores possíveis.

Foi um ano de perdas. O tal 3º ano é passado. E talvez quase todas as matérias também a sejam a partir desse momento. O colégio e boa parte dos contatos que você arranjou por lá morrerão depois de um tempo. Julgaram seu aparente pessimismo por isso, mas tudo o que você gostaria é evitar um choque ainda maior com uma realidade áspera que se apresenta agora, nesse dia. Você perdeu amigos que você não imaginaria perder nessa altura do campeonato. Mas refletindo agora, você deve perceber que pessoas com esses modos são imaturas demais para compreender e tolerar as diferenças. Acharam você rude demais, que você realmente estava obcecado pelo momento de fazer a tal prova... mas que agora você percebe não ser absolutamente nada de mais.

Meu primeiro dia foi meio deprimente. Passoei o dia inteiro em frente ao PC, esperando o tempo passar. E agora? É o momento de nós revisarmos alguns conceitos:

1. Você não morreu. Pelo menos por enquanto não. Você tem sobrevida até o dia 7 de janeiro. Aproveite para refletir melhor até lá.

2. Definitivamente, eu estou melhor do que você, mesmo com você presente até agora. Eu não sou uma versão repaginada sua ou uma criatura aprimorada por meio de seus conceitos. Só sou uma pessoa. Não um blogueiro, um estudante, um amigo, um irmão ou qualquer coisa. Somente uma pessoa.

3. Apesar disso, tenho muito o que aprender com o que você realizou até hoje. Sua ideologia é firme e admiro tanto isso que manterei isso em homenagem a sua pessoa.

4. Juro como manterei sua promessa de não abandonar as pessoas que te valorizaram até o fim. Aprendi que são elas que serão meu apoio, independente de como estarei após sua ida. O velho bloco que você ajudou a preencher nesse tempo terá novas letras, novas histórias para contar. Mas as folhas continuarão as mesmas, então por mais que mude a história, a estrutura sempre esteve lá, desde o começo.

Espero que você aproveite seus últimos dias. Terei o prazer de seguir a velha linha da história em seu lugar. Com respeito e nostalgia, um abraço de quem não sabe seu futuro, mas tem em sua base uma forte referência para guia.


Bruno.

Pelo que me lembro de você e pelo que leio, você não é um porra de um pessimista merda nenhuma.

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  • Meu nome é Bruno. Ou bruN0. Você escolhe.
  • Sou de Fortaleza. Orgulhoso disso, aliás.
  • Gosto de: algo. Talvez mulheres, boa música, amigos e família respondam. Bem fácil de saber.
  • Odeio: verdura. Talvez luzinhas de natal e Dream Theater. E intolerância, sob qualquer aspecto.
  • Quer me ver sorrir? Não. Meu sorriso não é agradável a tal ponto.
  • Quer me ver rosnar? Se você latir e não bater com tanta força, ficaria divertido.
  • Um bom motivo para me conhecer: não sei. Eu é quem preciso conhecer novas pessoas, oras!
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