20.9.06 

Contos da Cueca

Até onde vai a cara-de-pau de nossos queridos políticos...




Para os desinformados:

O ex-dirigente do diretório estadual no Estado do Ceará, José Nobre Guimarães (irmão do ex-presidente nacional petista, José Genoíno), foi envolvido no escândalo do mensalão e, principalmente, no envolvimento do caso dos “dólares na cueca”. Guimarães também era líder na Assembléia Legislativa cearense.

Em algum aeroporto de São Paulo, seu assessor, José Adalberto Vieira da Silva, foi detido e preso pela Polícia Federal com 200 mil reais na mala e 100 mil dólares na cueca, na tentativa de embarcar com o dinheirão sem declarar, antes de sua viagem para Fortaleza.

Na época (e ainda hoje), diversas piadinhas foram criadas devido ao local em que a quantidade absurda de dólares era transportada. Esse caso foi o estopim para a renúncia de José Genoíno e para a renúncia de Guimarães da presidência da Assembléia e do diretório estadual. Também foi ameaçado de cassação, mas sem sucesso. Mais tarde, também voltou para a presidência do diretório estadual.


Nessas eleições, José Guimarães candidata-se a deputado federal com o slogan "Esse tem história". Sinceramente, caros leitores, é esse tipo de história que você quer para o seu candidato? Viva o homem-cueca!



Abraços aos leitores.


PS: Agradecimentos ao Fernando pela foto. Foi utilíssima e serviu de inspiração imediata para esse post.

9.9.06 

Perfect day

Post "encomendado" pelo Kalluz/Giovani. Escrevi esse post em primeira pessoa porque funciona melhor para demonstrar a "emoção" vivida no momento. O que esse indivíduo passou me lembra os meus piores momentos de azar no final dessas férias. Belo dia, mesmo.


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Hoje o dia foi perfeito. Murphy não poderia pensar em um dia melhor. Melhor ainda é um relato desse dia.

Experimente acordar com uma fria e agradável brisa. Na bunda. Pois é, leitores. Misteriosamente, acordei sem calças hoje. Seria um sonho tão real que o pobre colchão virou uma Tawnee Stone da vida? Ou algum extraterreste engraçadinho resolveu sacanear com minha cara e fez esse humilde ato? É só o começo...

Recompondo-me, coloco minhas calças e trato de fazer a caça usual por um café. Para minha infelicidade, até o café estava frio. Já que não deixaram a cafeteira ligada, fiz o que qualquer cidadão com bom gosto faria: esquentaria o dito cujo. Sendo prático, tratei de usar o humilde microondas para essa tarefa. Humilde e velho, para explicar bem o fato à seguir.

De repente, fogos. Não os de artifício, para minha infelicidade. Quando tratei de requentar o líquido frio, ele começa a dar sinais de que aquele dia seria bem longo. Alguns ruídos e, tcharam: uma chuva de faíscas vindo da tomada. A idéia realmente não tinha funcionado. Para minha "sorte" (se é que eu posso clamar por ela), o microondas é ligado com uma espécie de adaptador, fazendo com que eu parasse o show pirotécnico naquele mesmo momento. Depois da emoção de quase explodir a casa por causa de um simples café requentado, tratei de tirar o microondas do adaptador e me contentar com o mísero café. O dia mal tinha começado e já estava emocionante.

Quando retorno para o meu quarto, imaginando ter um pouco de sossego após aquela aventura na cozinha, eis que o mesmo deus que deu a luz (ou teria sido a Copel?), resolveu tirá-la. Momento mais oportuno não teria. Como já não é novidade para ninguém, é nesses momentos que você imagina o porquê de você não ter dormido até meio-dia e evitado aquela situação toda. Para espantar o tédio que já começava a pairar na minha cabeça, fui atrás do único instrumento capaz de me fazer esquecer tudo aquilo naquela hora: o Game Boy. Mas adivinhem só? A pilha, que já estava fraca, também acabou. O desespero começa a aparecer.

Experimentem passar 2 horas sem luz, entediado e dependendo de uma mísera luz solar para servir de guia naquele momento. Uma pessoa calma e iluminada poderia pensar sobre o futuro do mundo, as criancinhas na África e sobre a derrota do São Paulo ontem. Mas eu... eu tive que engolir a seco tudo até a hora do almoço. Outra ocasião bem divertida.

Como já é de se deduzir, estava sozinho em casa e teria que me virar para arranjar algo para forrar o estômago de maneira decente. Qual a primeira opção para um adolescente que vem a cabeça? Claro, miojo! Tudo bem que eu teria que enfrentar novamente a lata-velha do microondas e encarar o perigo de virar cinzas pela segunda vez no mesmo local em menos de 12 horas, mas tudo servia para tentar salvar aquele dia. Mas mais um problema aparece: que miojo, cara pálida!? O plano A foi para o espaço. A caça para o almoço seria dura e, novamente, a cozinha seria um quintal de guerra.

Eis que aparece aquele pedaço de carne arredondada que os yankees tanto idolatram: o hambúrguer. Mas você, caro leitor, nunca deve ter experimentado algo com um gosto tão peculiar como um hambúrguer no microondas. E você ainda me pergunta "por que diabos você ainda insiste nessa máquina lança-faíscas?". Bem... Eu não sou nenhum mestre na cozinha, então é bem mais prático encarar um microondas estressado do que um simples fogão. Todos nós sabemos que cozinheiros amadores e fogões não são lá grandes companheiros...

Enfim, encarei aquela carne com gosto duvidoso e tratei de levar isso adiante. Dos males, o menor: pelo menos consegui "fritar" o hambúrguer sem explodir o microondas. Tratei de almoçar logo aquela iguaria de uma vez, já que aquilo não estava lá tão saboroso assim. Ou estava uma merda mesmo, fazer o quê.

Depois dessas jornadas não-agradáveis, fui fazer o óbvio num momento de tédio: ligar a TV, mexer no PC e jogar PS2. E será que nem nisso dei sorte hoje!? O PC resolveu acordar de mau humor e está tão rápido como o processo de ruminação de uma vaca (e provavelmente a minha digestão do hambúrguer). Na TV, nada passando. Só se você gostar de ver reprise de um jogo que particularmente não quero ver de novo. Ou da programação da TV aberta (aí você é um verdadeiro survivor, caro leitor). Até no PS2 a situação estava feia! Todos os jogos em que me arriscava, me lascava. Definitivamente, não era o dia.

E... sim, senhoras e senhores! O 3º round da cozinha! Como era de se imaginar, o hambúrguer não fez lá grandes diferenças no meu ávido estômago. Novamente, o microondas estaria envolvido nessa batalha. E para o vencedor, as salsichas. E com molho! Sim, esse era meu lanche. Era. Na primeira tentativa, o microondas não respondeu. Parece que estava travado, como o PC. Então percebi que realmente não dava. Depois de 10 anos e duas experiências não tão agradáveis assim no mesmo dia, o aparelho pediu penico de vez. E, novamente, via meu lanche ir para os ares. No final das contas, tive que encarar um café (não, não é o mesmo da manhã) fraco, já que até o café tinha fugido de mim. E sem leite. Ah, sem contar que o açúcar também fugiu. Para coroar o manjar dos deuses, somente um pão velho e duro para amaciar os dentes. Ô beleza.

Quando voltei da busca fracassada pelo Santo Lanche, notei que perdi um dos únicos programas de TV interessantes no dia: Os Simpsons. Perdi o primeiro episódio inteiro e a metade do segundo. O outro programa eu assisti na íntegra (Pokémon!).


Acho que foi o ET do começo do post que fez isso tudo. Só pode. Dia perfeito é apelido.


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Obrigado a todos os leitores e até a próxima. :)

8.9.06 

Ashes to ashes...

...dust to dust.


O blog morreu, foi enterrado e eu sabia disso. Mea culpa.


Eu deveria tomar vergonha na cara e escrever algo. É tão simples e gostoso. Mas a preguiça mata. Que se foda a preguiça, é algo que eu deveria cuidar com carinho. Por que? Sei lá. Vai ver eu tomei vergonha na cara e não percebi. Duvido muito. É. Foi só preguiça e falta de assunto. Sim, falta de assunto! Claro, quem se interessaria pelo post inútil de que minhas notas são irregulares e que eu estou feliz ou triste por um motivo bobo? Creio que ninguém. Então. Sem contar os post pseudo-intelectuais que ficavam aparecendo. É, quem quer um texto com uma filosofia na profundeza de um pires, compra um livro de auto-ajuda. Aham. Para piorar, apesar do blog ter "sumido do mapa", pouca gente sentiu falta. Claro, é só um blog a mais nesse universo tosco da internet. Mais um blog que é postado uma vez na vida para falar sobre o nada. Verdade? Mais do que nunca...


Odeio monólogos, mas eu apelei até para isso.


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Eu carreguei minha trouxa e fui embora
Com palavras, versos e sonetos
Via os tijolos ficarem
E as lembranças contarem histórias
De alguém não saber fazer uma rima
Mas tinha paixão pelo que escrevia

A boca marcada pelo sarcasmo
Os dedos doloridos pela máquina
Os pensamentos com lacunas
Espaços deixados por palavras
Que não saíam
Arruinavam

Joguei a metrificação para o alto
Rasguei jornais, desisti das letras
Aquilo não era meu destino
Mas quem pode saber do futuro?
Do que adianta saber a incógnita
Sem levar em conta a equação?

Engoli minhas habilidades
Fui o que todos sempre quiseram
Bem tentaram os números,
as letras tiveram seu tempo
Mas vale mais uma paixão finita
Do que um amor pragmático.

A dor logarítmica não existe
Mas nada acentua a minha vida
Não nasci para engolir cadeiras,
chefes burocratas ou números
Viverei a felicidade agonizada
Inconstante e despreocupada


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Sem mais. 3:00.

Perfil

  • Meu nome é Bruno. Ou bruN0. Você escolhe.
  • Sou de Fortaleza. Orgulhoso disso, aliás.
  • Gosto de: algo. Talvez mulheres, boa música, amigos e família respondam. Bem fácil de saber.
  • Odeio: verdura. Talvez luzinhas de natal e Dream Theater. E intolerância, sob qualquer aspecto.
  • Quer me ver sorrir? Não. Meu sorriso não é agradável a tal ponto.
  • Quer me ver rosnar? Se você latir e não bater com tanta força, ficaria divertido.
  • Um bom motivo para me conhecer: não sei. Eu é quem preciso conhecer novas pessoas, oras!
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