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28.12.06 

Religião

Já estava demorando para eu abordar essa temática no blog. O que chega a ser surpreendente, já que aqui eu tenho liberdade suficiente para abordar isso sem maiores frescuras. E primeiramente darei dois exemplos totalmente opostos, mas do qual eu tenho repúdio quase idêntico:

1. Alienado por causa da religião: Veja bem, caro leitor, que não citei igreja ou qualquer religião em especial. Uma criatura dessas me dá pena. O que simplesmente me revolta nesse caso é a capacidade do indivíduo ser um "cabeça fechada" quando se trata de assuntos delicados a sua posição religiosa. Seria como falar sobre eutanásia com um cristão, os costumes às vezes sem sentido dos judeus ou sobre o modo que os muçulmanos interpretam e agem em relação ao Alcorão. Por bem, muitos desses religiosos ainda estão dispostos a discutir sobre esses e outros pontos, tornando as discussões sobre esses assuntos bem estruturadas e com algum sucesso. O problema é com aqueles que simplesmente ignoram isso e mantém suas posturas ignorando a opinião alheia, mesmo que isso prejudique as pessoas envolvidas no assunto (como um doente em estado terminal, uma adúltera muçulmana ou um jovem judeu com dúvidas sobre os pontos cruciais do judaísmo). É difícil de lidar? Sem dúvidas. Principalmente quando essas pessoas se tornam hostis simplesmente porque você tem um ponto de vista diferente da sua. E eu simplesmente cansei de discutir com essas pessoas. Não dá, juro como tentei. Gente ignorante é outros 500.

2. "Ateu de Internet" ou pseudo-ateu: Esse sujeito me dá nojo, sinceramente. Ao contrário do exemplo anterior, geralmente ele é um sujeito fácil de conseguir uma discussão. Além do mais, ele sempre busca por ela. O maior problema desse sujeito é a hipocrisia e a hostilidade (maior até da que o ignorante religioso) desse sujeito. Hipocrisia porque ele simplesmente se aproveita de uma fama de "bichão" por ser ateu, ganhando respeito principalmente na Internet. É beeem fácil achar um sujeito desses na net. Pior, pessoalmente, é só ais E a hostilidade é estranhamente sem motivo. Já tive a oportunidade de discutir com um ateu "de verdade" e vi que ele era inteligente e tinha argumentos para seguir essa filosofia. O ateu "de internet" simplesmente não sabe argumentar sobre a posição dele, mesmo que a principal atividade desse seja criticar "essas igrejas malditas que só querem enganar o povo e blablabla". Alguns partem para a ignorância completa, não sabendo nem respeitar a religião alheia. Insuportável, de fato.


E antes que venham com aquele mimimi de "que diabos tu tá falando nessa porra de post, fi duma égua!?", eu explico: não consigo entender o que diabos se passam na cabeça desses dois extremos. Parecem simplesmente duas faces da mesma moeda. Não consigo ver qual a diferença para nós se um suposto deus existisse ou não. A religião é um método para boa conduta caso seja bem implementada? Concordo. Mas o ateísmo também não é o reforço da verdadeira natureza do ser humano, que é a valorização dele próprio? Eu também concordo.

Decidi que não vale a pena discutir isso. Resolvi ir atrás de um nome para esse ponto de vista que eu tenho. Agnosticismo seria ele. Acho um nome muito pouco simpático, sinceramente. Além do mais, não sou obrigado nem a concordar com os princípios de uma "religião" que propõe justamente a indecisão sobre esses valores que julgam nossa mísera existência. Talvez eu tenha um quê de hedonista, talvez até cristão pelos valores que sempre fui acostumado a lidar (minha mãe e minha irmã mais velha são daquelas católicas fervorosas). Minha dica sempre é: viva a vida sem se preocupar com esses detalhes, porque ela tem coisas mais interessantes a oferecer.

Perfil

  • Meu nome é Bruno. Ou bruN0. Você escolhe.
  • Sou de Fortaleza. Orgulhoso disso, aliás.
  • Gosto de: algo. Talvez mulheres, boa música, amigos e família respondam. Bem fácil de saber.
  • Odeio: verdura. Talvez luzinhas de natal e Dream Theater. E intolerância, sob qualquer aspecto.
  • Quer me ver sorrir? Não. Meu sorriso não é agradável a tal ponto.
  • Quer me ver rosnar? Se você latir e não bater com tanta força, ficaria divertido.
  • Um bom motivo para me conhecer: não sei. Eu é quem preciso conhecer novas pessoas, oras!
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